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Emagrecimento á base de farinha!

A casca de alguns alimentos carrega propriedades tão benéficas à saúde quanto o conteúdo da polpa. Certo, e o maracujá é um deles.
Saiba que essa camada, geralmente descartada, possui (pasme!) a maior concentração de pectina da natureza, um tipo de fibra solúvel que se transforma em uma espécie de gel dentro do estômago, com o poder de equilibrar a absorção de açúcar, colesterol e gorduras.
De acordo com a nutricionista Marcella Pepe, da Clínica Sodré, durante o trajeto entre a boca e o intestino, a substância leva consigo não apenas a glicose, mas também o colesterol dos alimentos, até eliminá-los no bolo fecal.
"Ela diminui a velocidade da entrada do açúcar no sangue, evitando os picos de insulina. Isso ajuda a manter os níveis de glicose controlados", explica a especialista.
Além disso, como não é ingerida pelo organismo, a pectina também é eficiente para a perda de peso, pois desacelera a absorção dos carboidratos e provoca a sensação de saciedade.
Barriguinha na mira
Presente em grande quantidade na parte branca da casca do maracujá, esse tipo de fibra é apontado como um dos melhores bloqueadores de gordura.
Um estudo elaborado por pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) revelou que o consumo diário da farinha diminuiu as taxas de LDL (colesterol ruim) e o peso das participantes.
De acordo com a pesquisa, algumas chegaram a perder até oito quilos!
"Esse trabalho nos deixa otimista, mas é bom lembrar que a ingestão do alimento deve estar associada a uma dieta equilibrada, com pouca gordura e calorias, e prática de atividades físicas", lembra Glaucia Padovan, nutricionista da rede Mundo Verde.
Xô, toxinas!
Mais uma boa notícia para quem se animou com a farinha de maracujá: ela livra o organismo de toxinas que podem prejudicar as funções dos órgãos e desequilibrar o metabolismo - o que pode desagradar quem briga com a balança.
"Para aproveitar esse efeito da fibra e facilitar a ação desintoxicante, é preciso beber muita água - pelo menos dois litros por dia", ressalta Marcella.
Aliás, para sentir os efeitos do nutriente você deve consumi-lo todos os dias. Glaucia recomenda de duas a três colheres da farinha, preferencialmente meia hora antes das refeições principais, misturando o pó a um copo d'água.
"É a melhor maneira de aproveitar os benefícios da fibra", garante.
No entanto, nada impede de usar a criatividade e tornar a presença da pectina no cardápio mais atrativa - até porque o sabor do pozinho não é dos mais apetitosos.
Ela pode ser adicionada em sucos, vitaminas, sopas, saladas e até sobre o feijão, como se fosse farinha de rosca ou de trigo.
Resposta adversa
Você já sabe: tudo em excesso faz mal.
Ainda não existem comprovações científicas sobre os efeitos colaterais da farinha feita com a fruta, mas os especialistas alertam que altas quantidades podem causar diarréia e perda de outros nutrientes.
O Food and Agriculture Organization (FAO), órgão das Nações Unidas para a agricultura e alimentação, indica a ingestão diária de 30 gramas de fibras por dia.
Uma colher de sopa de farinha contabiliza 3,5 gramas, ou seja, fica longe desse limite.
Como grãos, frutas, hortaliças e tubérculos estão cheios de fibras, ao longo do dia é moleza nutrir o corpo com essa substância.
Onde tem pectina
O nutriente está em todas as frutas, especialmente nas cítricas.
Além da casca do maracujá, os alimentos mais ricos no composto são a maçã, a pêra, a laranja, o limão e o pêssego.
Mas por que, então, a tal farinha ganhou tanta fama?
A nutricionista do Mundo Verde explica:
"Nas outras frutas a pectina fica concentrada na polpa, cheia de açúcar, o que não é interessante para os diabéticos."
E não pára por aí.
"A farinha pura tem conteúdo calórico baixo", ressalta o clínico geral Alex Botsaris, especialista em plantas medicinais e autor do livro Fórmulas Mágicas (Editora Nova Era, 784 páginas).
Cada 10 gramas da farinha (ou uma colher de sopa) têm apenas 47 calorias.
Escolha sua fibra
Você pode encontrar nos supermercados várias opções de farinha da casca do maracujá feita por laboratórios farmacêuticos ou redes especializadas em produtos naturais.
Mas será que são confiáveis?
"É preciso tomar cuidado com as marcas que compramos. Alguns tipos de farinha são feitas com outras partes da casca que não a branca, onde está a maior parte da pectina, e aí o consumidor sai no prejuízo", afirma Gláucia Padovan.
A dica é: nunca compre produtos em saquinhos sem identificação, desses vendidos em barracas de rua ou feiras livres.
Se preferir, faça sua própria farinha.
É fácil prepará-la em casa.
O único problema é que cada casca rende muito pouco. Menos de 10% vira farinha.
Faça você mesmo! Veja como é simples e rápido ter farinha de maracujá caseira e fresquinha: 1. Escolha seis maracujás firmes e sem rugas. Lave bem as frutas em uma mistura de água com bicarbonato de sódio (1 colher de sopa por litro) ou vinagre. Volte a passá-los em água corrente. 2. Retire a polpa (guarde para fazer suco) e corte a casca ao meio, em tirinhas. 3. Coloque os pedaços da casca em uma assadeira em forno médio por cerca de 30 minutos - ou até que fiquem sequinhas -, mexendo de vez em quando. Espere esfriar. 4. Depois que a casca estiver torrada, bata-a no liquidificador (ou passe no processador) até obter uma farinha. Se restarem grumos, peneire o pó. Guarde a farinha em um recipiente limpo e tampado em local livre de umidade.O que mais tem na casca
Conheça as outras maravilhas que a casca de maracujá faz para seu corpo
Cálcio: favorece a contração muscular e fortalece dentes e ossos.
Ferro: afasta a anemia e dá aquele pique!
Fósforo: ativa a memória, a oxigenação das células e a circulação do sangue.
Vitamina B3: atua na produção de hormônios, melhora o humor, ajuda no crescimento das crianças e protege a parede do estômago.
Fonte:Revista Vida Natural e Equilíbrio

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