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Conselhos do Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva

Comer bem não é comer muito, é comer de forma inteligente e saudável.

Nós somos o que comemos (e em boa verdade também o que bebemos - e isso em Portugal é muito importante*) A falta de iodo, ou de ferro, ou de cálcio, ou de algumas vitaminas pode provocar doenças. Todavia, nas sociedades modernas, da chamada civilização ocidental, o excesso de comida (como de bebida) associando-se à vida sedentária provoca obesidade, enche as artérias de gordura, provoca hipertensão, aterosclerose e outras doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, quando não facilitam por exemplo a diabetes, ou certos cancros**. Siga os nossos conselhos:
1 - Reduza o sal
Constantemente acrescentamos sal à comida preparada: na água que ferve para fazer a sopa, ou sobre os alimentos no prato, ou no fabrico do pão, porque temos sal e nos acostumamos ao sabor do sal com o bacalhau, os enchidos, o presunto, salmoura, salgadinhos, etc.. Ingerimos cerca de 20g/dia quando o recomendado é menos de 5 g/dia!
Este sal em excesso facilita o aparecimento de hipertensão arterial (sobretudo se essa tendência existe na família) ou agrava-a quando já existe, e contraria o efeito dos medicamentos hipotensores. Contribui também para a falta de ar (dispneia) e para os edemas (inchaço das pernas ou do abdómen) de alguns doentes do coração. Para não estranhar muito o sabor, e também a família não protestar, deve reduzir a quantidade de sal por dia, de forma gradual, semana a semana, ao longo de um ou dois meses - deste modo será mais fácil a adaptação ao novo sabor.

Aliás, havendo tantos temperos bons em Portugal porquê recorrer àquele que faz mal ao coração? Faça experiências culinárias não usando sal e adicionando ervas aromáticas, especiarias ou frutos: coentros, hortelã, poejos, alecrim, estragão, noz moscada, mostarda ou pickles preparadas em casa, limão, vinagre, fatias de laranja ou de ananás, cerejas, pimenta, acafrão, cebolinho, caril, piri-piri, eu sei cá!
2 - Reduza o álcool (vinho, cerveja, "bebidas brancas" ou "licores")
com que pretende acompanhar as refeições "abrir o apetite" ou "facilitar a digestão".
O álcool também ajuda à elevação da tensão (inibe um "factor relaxante" nas paredes das artérias) e favorece o cancro do esófago e da orofaringe, para além de facilitar acidentes (na condução ou no trabalho),violência e até homicídios. Contribui para a obesidade (pelas calorias), causa cirrose do fígado e até doenças mentais, tanto nos que bebem como nos futuros filhos.
Se bebe habitualmente às refeições, o conselho é não beber mais que 2 dl de vinho por dia.
3 - Aumente a ingestão de vegetais: verduras, cereais, legumes e fruta. Os alimentos vegetais são ricos em vitaminas e sais minerais (incluindo algumas que são antioxidantes e altamente benéficas para a saúde), contêm muito menos calorias por grama (pelo que ajudam a controlar o peso), melhoram as funções intestinais (evitando obstipação, diverticulite, apendicite, cancro do cólon) e reduzem parcialmente a absorção de colesterol.
Enriquecemos as refeições em variedade e sabor, e fornecemos alimentos nutritivos e vitaminas antioxidantes (ajudando à boa saúde e a estar em boa forma) se usarmos os vegetais sob a forma de sopa, ou e saladas, comermos mais pão de segunda (têm muita fibra), ou cereais ao pequeno almoço, e se o terceiro componente do prato principal for "verde" (carne com batatas e esparregado, peixe com arroz e feijão verde, etc.), e ainda comer fruta à sobremesa.
Se precisa de emagrecer coma cereais pela manhã, um prato de sopa de legumes meia hora antes de iniciar as refeições, coma salada entre a sopa e o prato, e use sempre fruta em vez de doce.
4 - Reduza as gorduras, sobretudo as "saturadas", isto é, as gorduras da carne (retire-as ou use carnes magras), o toucinho, a manteiga, o leite ou o queijo gordo, os ovos, os molhos, os fritos, etc: as gorduras são os alimentos mais ricos em calorias (pelo que favorecem a obesidade e a hipertensão) e também são as mais perigosas em fazer subir o colesterol.
Prefira carnes brancas (frango ou peru, retirando a pele), gorduras e óleos de natureza vegetal (azeite, milho, girassol, soja, que são gorduras mono ou poli-insaturadas), e prefira as margarinas moles (porque as duras são alteradas pela industrialização). A fritura também altera - para mal - as gorduras, quer por temperatura excessiva, quer por uso excessivo (não fritar mais de três vezes com a mesma gordura). Prefira alimentos cozidos, grelhados ou preparados no forno de micro-ondas.
A gordura do peixe é também insaturada, portanto mais saudável - aliás deve comer peixe pelo menos três vezes por semana.
Reduza ainda outros alimentos ricos em gordura tais como salsichas, fiambre, presunto, "mayonnaise", batatas fritas, chocolate.
Recordo que "gordura é sempre gordura" e portanto o excesso engorda sempre. Elas são necessárias, facilitam a absorção de vitaminas A, D, E, e K, mas contudo, em excesso, mesmo as gorduras consideradas "boas" ajudam a subir o peso, o colesterol e a tensão arterial e parecem facilitar alguns cancros.
5 - Aumente o consumo de leite (meio litro por dia) pelo seu valor nutritivo e pela riqueza em cálcio (fortificando os ossos e prevenindo a osteoporose). Recorde todavia o que dissemos saber gorduras: prefira leite magro, iogurtes magros, queijos magros!
6 - Reduza o consumo de açúcar puro, nomeadamente como adoçante, no chá, café. Refrescos, bolos, chocolates ou rebuçados. Habitue-se ao sabor natural dos alimentos e das bebidas, e se usar substitutos do açúcar, faça por variar. Se é desportista e precisa de mais calorias use então hidratos de carbonos complexos: batatas, arroz, farinhas, massas e pão de segunda.
7 - Saiba que a alimentação correcta e equilibrada - chamo-lhe "alimentação inteligente" - não só promove a saúde e o bem estar como, concretamente, ajuda a evitar também várias outras doenças:

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