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Sobre inveja nas Empresas por Isaac Efrain

A INVEJA NAS EMPRESAS
Artigo publicado na Revista Você S.A. on line em 19/03/2004
Todos dizem que o bom profissional deve saber separar o lado emocional do trabalho. Pura balela, para onde vamos carregamos as nossas emoções e sentimentos e despejamos estas emoções sobre as pessoas com quem convivemos.
Um dos sentimentos mais comuns e nocivos para o ambiente organizacional é a inveja. Aquele sentimento profundamente negativo e destrutivo que nos acomete e faz com que desejemos o mal do invejado, ou conseguir aquilo que é dele.
Mas por que este sentimento acomete as pessoas dentro do ambiente profissional?
Má formação religiosa, já que a inveja é um pecado capital?
Ma educação dada pelos pais, já que desde criancinha deveríamos aprender que é feio querer o que é dos outros?
Uma falha de caráter de origem genética e incorrigível?
Estados depressivos, onde as sensações de fraqueza interiores alimentam a inveja?
Sem duvida todos estes fatores contribuem para a existência deste terrível sentimento, mas o fator primordial, dentro das empresas, é o ambiente e estrutura organizacional competitiva.
A competição é a raiz de todo sentimento invejoso.
Pois vejamos, a competição estabelece um objetivo (por exemplo, correr 100mts na maior velocidade possível), compara os resultados e classifica os competidores em seus devidos lugares (1o, 2o. Etc.). A competição ainda “diz” que o primeiro colocado é o melhor, o mais aplaudido, o mais querido e em ambiente de empresas o mais poderoso.
Ser o mais poderoso é o que todos almejam, de forma consciente ou inconsciente. Dentro de uma empresa todos querem deter o poder, ser importantes e a empresa de ambiente competitivo promete (e muitas vezes apenas promete), isto apenas para os vencedores, para os primeiros colocados. O resta é apenas o resto, pessoas derrotadas, insignificantes para o processo profissional, que não tem a menor importância para o sistema.
É assim que a maioria dos funcionários das empresas competitivas se sente, relegada a um segundo plano, sem poder ou importância e vendo uns poucos ocuparem o lugar que a direção da empresa diz que é o lugar, se fossem bons e competentes, todos deveriam ocupar.
O que resta a estes pobres derrotados, a não ser desejar o lugar que os "vencedores" ocupam. Se sentirem injustiçados, muitas vezes sem horizontes ou perspectivas de crescimento e vendo a sua volta pessoas que possuem tudo o que eles sempre foram incentivados a quererem. Resta a inveja, o desejo de destruir o outro (no ambiente organizacional através de criticas, atitudes de má vontade, fofocas e às vezes até mesmo pequenos complôs para prejudicar o invejado). O tropeço do outro passa a ser o seu maior prazer, pelo menos enquanto aguarda a próxima competição, para provavelmente se sentir novamente derrotado e invejoso.
Se a competição premia alguns, penalizam a grande maioria com sentimentos negativos, frustrações, mas principalmente com o destrutivo sentimento de inveja.
Para um ambiente organizacional, vale a pena?



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