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Superando obstÁculos



A obesidade é uma preocupação universal, considerada uma doença crônica e multifatorial, caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo no organismo e prejudicial à saúde.

É fator de risco para doenças graves, como as cardiovasculares, diabetes, hipertensão, distúrbios reprodutivos, alguns tipos de câncer e problemas respiratórios. Pode também causar sofrimento, depressão e isolamento social, que prejudicam uma vida saudável.

Por todos esses motivos, os médicos cada vez mais recomendam a necessidade de controlar o próprio peso. Os veículos de comunicação valorizam o corpo magro, mas não o relacionam com a saúde.

Há também uma associação entre magreza e atributos positivos, principalmente entre as mulheres,
o que aumenta o desejo de melhorar a aparência, como forma de diminuir o descontentamento com o corpo e deixar de ser alvo de discriminações. A busca do corpo perfeito não considera as diferenças genéticas, as circunstâncias de vida e os fatores culturais, que são responsáveis pelo ganho ou não de peso de cada pessoa.

“O esclarecimento de conceitos e comportamentos relacionados à alimentação pode mudar a história alimentar das pessoas e das famílias”
Na década de 90, alguns estudos reconheceram os múltiplos fatores que contribuem para o surgimento da obesidade. A alimentação desregrada e a vida sedentária contribuem para o ganho de peso. Fatores psicológicos e sociais influenciam o comportamento alimentar, tornando complexo o processo de emagrecimento.

Para o emagrecimento ser duradouro, é necessário que o alimento seja apenas uma das fontes de gratificação e não a única. Hábitos de alimentação regionais e pessoais precisam ser respeitados, e cabe ao nutricionista adequar a dieta às condições existentes.

Muitos hábitos inadequados de alimentação e conduta podem determinar um estilo de vida, e muitas vezes precisam ser modificados para conquistar saúde. A motivação, aqui definida como um estado de prontidão para realizar mudanças, é um fator importante para iniciar e manter um estilo de vida saudável. Para mudar o comportamento, é necessário desenvolver a capacidade de se comprometer com a decisão de mudar.

Problemas comportamentais, como ansiedade, angústia, fobias e compulsão, podem interferir na motivação e devem ser tratados por psicólogos e psiquiatras, para que a redução de peso tenha sucesso.

Dietas mágicas, de resultado duvidoso e muitas vezes desastroso, não devem ser seguidas. Vale o senso comum, que diz até o santo desconfia, como forma de estar alerta às falsas promessas.

O esclarecimento de conceitos e comportamentos relacionados à alimentação pode mudar a história alimentar das pessoas e das famílias, com a valorização correta da quantidade e qualidade dos alimentos que consomem. Essa nova consciência poderá fazer as crianças crescerem com hábitos equilibrados de alimentação, com menos riscos para a saúde.

Pré-adolescentes conseguem diminuir e manter o peso com mais sucesso que adultos. O motivo para isso ainda não está totalmente esclarecido. Uma possível explicação é que o processo biológico dos jovens responde melhor que o dos adultos, e que novos comportamentos são mais facilmente apreendidos e mantidos nessa idade, pela auto-gratificação obtida com um corpo saudável.

Quando as roupas ficam folgadas, é sinal que perdemos peso. Acompanhe seu progresso prestando atenção na forma como se sente: menos dores, mais energia, mais disposição e bom humor, literalmente mais leve. São bons motivos para continuar motivado para conquistar saúde e qualidade de vida através do emagrecimento. Isso é o que interessa!

Coluna assinada por:
Flávia Leão Fernandes

CRP 06/68043
Psicóloga clínica, Mestre em Psicologia pela Universidade de Londres, Inglaterra e especialista em Psicologia Hospitalar
com enfoque em obesidade.

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