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Participei de uma terapia de grupo. O mais interessante é que fizemos duas listas.A primeira das coisas que realmente importa para nós. E a segunda das que não tem importância alguma.
Pensei que falaríamos das coisas que realmente importam, mas qual foi a minha surpresa que falaríamos das coisas que julgávamos menos importantes.E quão difícil é , falar de coisas que julgamos sem importância. Se torna difícil ter argumentos para "provar" que tal coisa é insignificante, foi difícil até preencher as lacunas das 10 coisas menos importantes.
E quando você começa a discutir o assunto, você percebe que não são tão insignificantes assim. E percebe que tais coisas também são necessárias.
E percebe que as coisas que listou como sem importância ou menos importantes, são
as àreas que mais precisam de atenção e uma certa urgência na realização. Nem tudo que é urgente é importante, mas tudo que é importante tem urgência.
Digamos que você considere importante ficar mais tempo com sua família. Por outro lado, você tem que trabalhar x horas por dia. Se o seu trabalho é mais importante do que ficar com a sua família, o problema está resolvido: você trabalha, mesmo que isso prejudique a convivência familiar. Mas e se o trabalho não é mais importante para você do que a convivência familiar? Neste caso, provavelmente o trabalho é urgente, no sentido de que tem que ser feito, pois doutra forma você vai ser despedido (ou perder clientes, se for autônomo ou empresário) e vai ter dificuldades para manter sua família (embora, sem trabalho, provavelmente vai poder passar mais tempo com ela…). Aqui o conflito é entre o importante e o urgente - e é aí que a maior parte  se perde, e por uma razão muito simples: algumas das tarefas que temos que realizar não são selecionadas por nós, mas nos são impostas. Isto é: não somos donos de todo o nosso tempo. Não temos, em relação ao nosso tempo, toda a autonomia que gostaríamos de ter. Quando aceitamos um emprego, estamos, na realidade, nos comprometendo a ceder a outrem o nosso tempo (e, também, o nosso esforço, a nossa capacidade, o nosso conhecimento, etc.). Este é um problema real e de solução difícil: não somos donos de boa parte de nosso tempo.E é aí que entra o bom senso, a administração do tempo, não falar de trabalho quando se está com a família, etc. Evitar esse tipo de fusão: trabalho/família,serve também para descansar a mente.

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