Dietas “milagrosas” prejudicam saúde e geram efeito sanfona
O “milagre” tem o seu ônus, o que normalmente não é dito nas páginas que prometem um corpo perfeito em pouco tempo. Nutricionistas como Alexsander Fernandes da Silva, presidente do Sindicato dos Nutricionistas do Estado do Espírito Santo, se preocupam com a aceitação de homens e mulheres a essas promessas.
“As dietas milagrosas podem gerar inúmeros problemas de saúde às pessoas. Desnutrição, anemia, doenças nos ossos, problemas renais, perda de apetite, vômitos, diarréia, são as principais reações do corpo. Infelizmente, em pessoas que seguem constantemente esse tipo de dieta, o desenvolvimento de diabetes e imunidade baixa pode levar ao óbito”, explica Silva.
O corpo necessita de uma quantidade mínima de calorias para funcionar perfeitamente durante o dia, isso inclui o funcionamento de órgãos vitais como coração, fígado, pulmão, que sem o “combustível” básico podem parar de funcionar.
Um dos resultados mais comprovados em indivíduos que aderem a esse tipo de dieta é o efeito sanfona (ganho e perda de peso considerável em curto espaço de tempo). O emagrecimento rápido pode acontecer, porém não é algo que se manterá durante um longo tempo. O principal motivo é que o corpo não consegue sobreviver com quantidades insuficientes de minerais, proteínas e vitaminas. Por isso, em determinado momento, a pessoa volta a comer normalmente e o peso é recuperado.
“O que deve ser feito é uma reeducação alimentar, evitando ficar mais de quatro horas sem comer. Outras dicas são comer frutas e legumes; evitar açúcar, massas e gorduras; evitar bebidas alcoólicas e ingerir pelo menos dois litros de água por dia. Além dos problemas internos, a má alimentação causa perda de tempo, dinheiro e induz ao envelhecimento precoce”, aconselha Silva.
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