Só um dos aspectos não resolve o problema. Não adianta mudar a alimentação e não sair do sedentarismo.
Cirurgia bariátrica, indicada para casos graves de obesidade onde o paciente é resistente aos outros tratamentos, tem ótimos resultados nos primeiros dois anos pós-cirurgia. Mas com o tempo, vemos os pacientes recuperarem boa parte do peso perdido num prazo de 5 anos.
Ultimamente muito se fala de um medicamento usado para controlar o diabetes, que saiu recentemente na mídia, como a panacéia para o emagrecimento. Trata-se da liraglutida, um análogo do peptídeo similar à glutamina-1, que é um inibidor natural de apetite e em alguns casos induz o pâncreas a secretar mais insulina. O estudo clínico publicado nesse ano na revista International Journal of Obesity é belíssimo, bem conduzido, feito por pesquisadores conceituados da área.
Mas vale lembrar que, nesse estudo, além do uso da droga em pacientes obesos saudáveis, os sujeitos também se submeteram a um déficit calórico de 500 kcal/dia e praticaram atividade física.
O que foi avaliado nesse artigo? A droga parece ser efetiva e segura por até dois anos quando acompanhado de DIETA e EXERCÍCIO na promoção e manutenção da perda de peso.
A minha leitura sobre isso? O tratamento da obesidade deve ser feito de forma multi e interdisciplinar, com acompanhamento médico, nutricional, psicológico e deve estar contemplado nesse tratamento a atividade física orientada e prescrita por profissional capacitado.
Só remédio não adianta. Como se diz, o paciente tem que querer emagrecer e não “ser emagrecido”...
Para saber mais:
Astrup A., Carraro R, Finer N ET AL. Safety, tolerability and sustained weight loss over two years with the once-daily human GLP-1 analog, liraglutide.
Int. J.Obes (2011) 1-12
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