1. Admita que você é mesmo careta. Saber que você é careta é o primeiro passo deixar de ser, já que um careta incorrigível jamais vai se reconhecer como tal. Por outro lado, está provado que muita gente continua sendo careta pelo simples fato de não conseguir enxergar-se como tal.
2. Viva e deixe os outros viverem. Pare de manipular/ subjugar/ forçar/obrigar/oprimir os outros, de forma grosseira ou sutil, para que abandonem os pensamentos e/ou o estilo de vida deles em troca dos seus, naturalmente. Em outras palavras, desista de ser Deus, muito embora nem Deus faça uma coisa dessas com suas criaturas.
3. Pratique a religião que você quiser, como quiser, onde quiser, mas não infernize a vida dos outros para que façam o mesmo. O caminho espiritual que você escolheu é seu, exclusivamente seu. Não imponha aos outros o que você julga ser bom pra você. Assim como você não gostaria que alguém tentasse lhe impor a religião dele, não tente impor a sua aos demais. Todo mundo tem o direito de fazer sua própria escolha.
4. Jamais avalie as pessoas pelo que elas têm. Não são as posses materiais que definem o caráter de uma pessoa nem tampouco deve existir diferença de tratamento em função da quantidade de dinheiro que uma pessoa tem.
5. Não tente impressionar as pessoas fazendo com que elas acreditem que você está falando como “representante de Deus na terra”. Deus não precisa da ajuda de ninguém quando quer falar com suas criaturas, especialmente da sua…
6. Não se aproveite da sua suposta “autoridade moral” para julgar – e condenar – o comportamento dos outros. A vida pode fazer você cair do cavalo muito antes do que você imagina… Pare de julgar as pessoas de modo preconceituoso. aqueles, que você considera tão decadentes diante da sua “elevada moral” podem estar espiritualmente muito mais avançados do que você. Não duvide disso.
7. Pare de usar a palavra “errado” para se referir ou classificar o comportamento das outras pessoas. A menos que você seja juiz, delegado, professor ou fiscal do imposto de renda e, que fique bem entendido, no exercício das suas funções, ninguém lhe deu o direito de julgar quem quer que seja.
8. Não olhe com desdém ou indignação para as coisas que você simplesmente não sabe, não entende e nunca vivenciou. É você que está observando e analisando os demais. Portanto, o estranho é você – não eles. Em vez de criticá-los, tente compreender – e aprender – a partir das diferenças que existem entre o seu estilo de vida e o deles.
9. Pare de se auto-elogiar e de se auto-engrandecer, aproveitando toda e qualquer ocasião para divulgar seus grandes feitos e seus grandes talentos. Ninguém está basicamente interessado nisso, sobretudo quando percebe que essa é a sua maneira de humilhá-los.
10. Não faça as pessoas se sentirem diminuídas, ameaçadas, amedrontadas, oprimidas ou humilhadas na sua presença ou em decorrência dos seus comentários e críticas. Se você está causando aos demais algum(ns) desses constrangimentos, pode preparar-se porque o desfecho da história jamais será ao seu favor.
11. Jamais despreze ou maltrate pessoas que tem menos status, poder ou dinheiro do que você. Uma das marcas registradas da caretice é julgar-se superior aos demais, julgando-se no direito de tratar todo mundo como “subalterno”, em geral de forma ríspida e degradante.
12. Pare de imaginar que se alguém não concorda com você então é necessariamente contra você. Uma das marcas registradas da caretice é a incapacidade de conviver com as diferenças, combatendo até a morte para extinguir as posições e opiniões contrárias.
13. Pare de pensar que você é mais esperto, mais rápido, tem melhor aparência, é mais engraçado, mais competente e mais seja lá o que for em relação às demais pessoas. Para a vida, você é apenas uma pessoa como qualquer outra. A sua maneira de fazer as coisas não é nem única nem definitiva, como você muitas vezes imagina.
14. Só porque você não gosta e/ou não faz não significa que os outros não possam gostar e/ou fazer. Você não é nem o centro do mundo, nem o centro da moda, nem o encarregado de ditar estilos e práticas para todos os demais. Se não fica bem em você, pode muito bem ficar bem no outro. E o que fere que o pudor, já está especificado em lei. Ninguém precisa de você para ficar lembrando isso o tempo inteiro.
15. Pare de vomitar regras de bem viver em cima dos outros. Mesmo porque não há melhor exemplo do que viver exatamente de acordo com o que você prega…
16. Ajude o mundo a redigir novas regras, mais compatíveis com as necessidades atuais, em vez de agarrar-se feito um carrapato a normas absolutamente sem sentido para os tempos que estamos vivendo.
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