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9 passos : Como superar o fim de um relacionamento


Do IGOs principais momentos do fim de um casamento e o que fazer para tornar o período menos doloroso
Julia Reis


Casais se separam por diferentes motivos, mas acabam passando pelas mesmas fases emocionais após o término da relação - desde as conversas tempestuosas até a divisão de bens e a procura de um novo amor. E se o processo de ruptura costuma ser doloroso, algumas iniciativas podem ajudar na reorganização da própria vida e na conquista do equilíbrio perdido.


A melhor medida para perceber que você virou a página é quando consegue fazer planos para o futuro e pensar em novos relacionamentos
1. Não tem mais jeito.
Constatar que a união chegou ao fim é o primeiro passo para a separação, e isso pode acontecer depois de meses de análise ou de uma forma mais dura, com brigas ou traições. “Os primeiros dias foram os piores da minha vida. Não sei como cheguei até agora, como consegui falar”, diz Débora Bortoleti, 36, separada há um mês, depois que descobriu uma traição do marido. (Continue lendo a história dela)
Mas a angústia está presente nos dois casos. “Admitir para si mesma que o relacionamento acabou e que não deu certo é difícil, porque é um projeto de vida”, diz Eliane Santoro, autora do livro “Divórcio para elas”, no qual conta a trajetória de dez mulheres e suas separações.
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“Pensei um ano antes de tomar a decisão. Foi a parte mais difícil”, diz a advogada Flávia Penido, 41, divorciada há 10 anos. Segundo o psicólogo Ailton Amélio da Silva, quem toma a iniciativa, em geral, já esta em vantagem porque escolheu o momento para fazer a ruptura. Obviamente, isso não se aplica aos casos de traição, pois o parceiro traído é empurrado para uma escolha óbviamente difícil.
2. Palavras duras.
As conversas entre o casal que está se separando costumam ter lavagem de roupa suja. “Percebi que o mais importante é deixar as armas no chão, manter o diálogo e o nível do respeito mútuo mesmo nos momentos mais críticos”, avalia Santoro. Ailton recomenda que a ruptura seja feita com o mínimo de agressões, principalmente quanto há filhos envolvidos. “Dá vontade de lesar o outro, dá raiva, mas não recomendo conturbar mais a conversa”, diz ele.
3. Os filhos.
A melhor atitude é abrir o jogo. “Os filhos têm que ser comunicados", diz Ailton. E mesmo se a situação estiver tensa e os dois desgastados, é importante não contaminar a criança. O psicólogo explica que os filhos podem ter danos emocionais severos quando os pais ficam agressivos ou são usados como “massa de manobra”. No caso de Flávia, ela e o então marido esperaram o filho voltar de uma viagem para contar da mudança.
4. Suas coisas, minhas coisas.
A divisão de bens e objetos é provavelmente a etapa mais simbólica da separação. Lidar com as coisas do outro e limpar armários é dolorido, mas Ailton indica que o processo não seja adiado. “Se existem coisas da outra pessoa na sua casa é porque você ainda não se separou”, fala. “Esse processo de divisão dá pano pra manga, pode causar ressentimentos”, completa.
5. Luto é necessário.
Assumir a tristeza faz parte da recuperação. Depois de sentimentos como raiva, algumas pessoas sentem a dor diferente. “É preciso encarar. As separações têm um momento de revolta e inconformismo, seguido do luto, para depois a pessoa ficar mais compenetrada”, indica o psicólogo.
6. Exercitar a individualidade.
Passar algum tempo sozinha - em casa ou fora - é um caminho para se recompor. Flávia diz que passou alguns meses saindo em “carreira solo”, sem contar nem mesmo aos amigos. “É bom até para entrar em outro relacionamento mais inteira, menos influenciada por necessidades extremas, como carência”, avalia Ailton. Esse período também pode trazer sentimentos bons, de liberdade, alívio e a entrada de uma nova fase, segundo avalia Eliane Santoro.
7. Datas comemorativas.
Elas vão chegar... O primeiro Natal, Dia dos Namorados e aniversário de casamento. Essas datas ícones trazem à tona o peso da separação. Fazer um programa diferente, uma viagem e até trabalhar bastante ajudam a desviar o foco destas marcas no calendário.
8. Renovação.
Redecorar a casa, trocar a cama, comprar roupas novas e mudar o corte de cabelo. Essas iniciativas ajudam a trabalhar a autoestima e começar uma nova fase na vida. “As mulheres correm para a academia”, brinca Ailton. Esse é o momento de entrar em um curso, fazer novas amizades e se redescobrir.
9. O novo relacionamento.
“Não sabia paquerar. Ainda mais porque casei com meu primeiro namorado sério”, relata Flávia sobre a retomada de sua vida afetiva depois da separação. Ela diz que demorou pelo menos um ano para sair com outra pessoa e mais ainda para conseguir se envolver.
O segredo para quem quer voltar à ativa é não ter pressa em encontrar alguém só para preencher o espaço deixado pelo último companheiro. “A separação psicológica e a retomada de uma identidade pessoal ou social podem demorar até dez anos caso o relacionamento anterior fosse muito estruturado”, relata Ailton. Mas nem todo mundo é assim, explica o psicólogo.

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