Lembrando coisas do arco da velha...culpa da terapia ?

Todo o ser humano já passou por uma fase poética: ou teve um caderno de poesias, onde guardava  escritos de todos os escritores possíveis, ou fazia poesias!
Eu fazia os dois. tinha um com poesias de diversos escritores e também os de minha própria autoria.
O que acontece, é que vão passando os anos, e nós seres mortais, vamos deixando envelhecer a emoção, então deixamos de ter prazer em algumas coisas que antes eram para nós maravilhosíssimas!
Fazendo terapia , aprendi que certos prazeres podem ser resgatados: amor por poesias, o prazer em cozinhar, o gosto pela literatura, voltar a fazer origami, tricô, etc.
O que faz um ser humano perder o gosto pela vida, é achar que envelheceu e abrir mão de certas preferências, que em algum momento, alguém ou ele mesmo, achou que babaquice fazer tal coisa.
Venhamos e convenhamos: para tudo tem que haver bom senso, estamos falando de relembrar, isso não quer dizer que devemos ressuscitar a velha calça jeans e cair na gandaia  porque vai ficar bizarro.
Tudo isso para dizer que eu me lembrei de uma poesia que fiz na década de 80, rs

Se você acha que não deveria estar...



 Pensando nele, mas pensa.
 Falando dele mas fala.
Recordando como ele te tocava,
quando te beijava,
quando te abraçava
E  isso não sai da sua cabeça;
Ele não deveria estar no seu coração
mas está...
Acredite...
Você está amando!

Versão original deste poema que eu fiz trocentos anos atrás:

Eu não deveria

Eu não deveria estar ...

Pensando em você, mas penso.
Falando de você, mas falo.
Recordando-me de como me beijava, mas me recordo
Como me abraçava, mas sinto
Como me tocava, mas sinto em mim o seu toque.
E isso não sai da minha cabeça!
Definitivamente isso é amor.
E não sei se posso suportar
Mas uma força extraordinária
Tira toda a minha dor
E faz eu aguentar.
Lembro de todos os seus gestos
De todas as suas falas,
Da maneira como me olhava,
De como sorria
De como me irritava
Quando eu permitia.
Gostava das despedidas intermináveis no portão
Das brigas por nada
E dos ciúmes sem razão.
E de te ver ir embora bem tarde
Para depois voltar bem cedo
E tudo isso me causava medo.
Medo de te perder
E perdi.
M-o-r-r-i..
E  r-e-v-i-v-i
sem ti.

By elis caleone