Cansada o tempo todo? Você pode estar com a síndrome da fadiga crônica

Levantar da cama é quase uma tortura, praticar qualquer atividade física parece impossível, a concentração é zero e ainda há dores musculares e nas articulações?

Esses sintomas podem indicar a Síndrome da Fadiga Crônica, diagnosticada mais frequentemente em mulheres do que em homens. Na maior parte dos casos, a doença se instala depois de um episódio de gripe, sinusite, resfriado ou outro processo infeccioso. Por razões desconhecidas, a infecção vai embora, mas deixa sintomas de indisposição, fadiga e fraqueza muscular que melhoram, mas, retornam periodicamente, em ciclos durante meses ou anos.

Muitas vezes confundida com a depressão, a doença transforma tarefas cotidianas em grandes desafios, comprometendo a disposição física e a eficiência da atividade cerebral. O problema ainda é pouco diagnosticado no Brasil, mas estima-se que 1,5% da população mundial seja portadora do distúrbio, e que 9% tenham chances de apresentar os sintomas.

Não há exames de laboratórios que identifiquem a fadiga crônica. Além disso, as causas da síndrome da fadiga crônica são desconhecidas. O diagnóstico é feito da seguinte forma: considera-se portadora da síndrome toda pessoa com fadiga persistente, inexplicável por outras causas, que apresentar no mínimo quatro dos sintomas abaixo, por um período de pelo menos seis meses:

•  Dor de garganta;  Gânglios inflamados e dolorosos;  Dores musculares; Dor em múltiplas articulações sem sinais inflamatórios (vermelhidão e inchaço); Cefaleia com características diferentes das anteriores; Comprometimento substancial da memória recente ou da concentração; Sono que não repousa; Fraqueza intensa que persiste por mais de 24 horas depois da atividade física.

Comumente, outras condições como doenças autoimunes, anemia, depressão, problemas hormonais, pulmonares e cardíacos aparecem como suspeitas para o mal-estar antes de se chegar ao diagnóstico da SFC.

Tratamento

A ignorância em relação às causas do problema explica a inexistência de tratamentos específicos para os portadores da síndrome. O tratamento mais indicado é a união de terapia cognitiva comportamental com um plano gradual de exercícios, respeitando a disposição e o condicionamento de cada um.Anti-inflamatórios e analgésicos são recomendados para dores musculares ou articulares e drogas antidepressivas podem ajudar a melhorar a qualidade do sono. Mudanças no estilo de vida, com uma dieta saudável e equilibrada, uso moderado de álcool e exercícios regulares podem ajudar a sair da rotina do cansaço interminável.

Reabilitação fisioterápica e bom condicionamento físico são essenciais para a manutenção da atividade física e profissional. Se você estiver sentindo esses sintomas por mais de 6 meses e ainda não encontrou a causa, consulte seu médico. Pode ser a síndrome da fadiga crônica.

* Informações do site de Drauzio Varella