Dizem por ai que o nosso maior inimigo somos nós mesmos. Mas será mesmo? A autocrítica pode ser algo bom ou ruim no nosso dia a dia, depende de quando ela é usada.
Todas as pessoas, sem exceção, tem capacidade de percepção de si próprias, seus atos e suas consequências. Acontece que alguns usam mais e outros menos esse tipo de pensamento. De fato, a autocrítica é saber analisar os próprios atos, ter capacidade de criticar aquilo que se faz ou pensa. Sento assim, é possível perceber um erro cometido, e a partir dessa percepção ser capaz de corrigi-lo. Aprender com os próprios erros, ter capacidade de mudança e ação são fundamentais para o convívio em sociedade. A autocrítica é muito útil para o amadurecimento pessoal.
Quando a autocrítica deixa de ser saudável?Isso acontece quando as pessoas exageram nas ações relacionadas às criticas a si mesmas, um comportamento relacionado à baixa autoestima. Quando vem um resultado pouco satisfatório são capazes não só de se criticar, mas de punir-se, e sofrer com o arrependimento do que fez. Ser capaz de pensar em excesso impede a pessoa de perceber de forma correta os fatos. Todo exagero não é bom, o ideal é ter equilíbrio no que se faz. Quem se critica o tempo todo e não percebe o lado bom dos seus próprios atos se torna um grande inimigo de si mesmo. Ninguém gosta de alguém que só vê defeito e aponta os erros. Então, porque fazer isso consigo mesmo? Saber reconhecer as intenções dos atos, os resultados finais e com isso ser capaz, se necessário, de mudar é o ideal. Críticas não construtivas não são úteis a ninguém.
Quando as críticas se tornam paralisantes e a pessoa percebe que está bloqueada com isso, ou seja, que está atrapalhando o dia a dia dela, é possível buscar ajuda de um profissional qualificado para um tratamento específico, como psicólogo ou psiquiatra, que lhe ensinará ferramentas importantes para a melhora significativa de comportamento.
Por que algumas pessoas são tão críticas com elas mesmas?Normalmente, quem é crítico consigo próprio é também com as pessoas a sua volta. Em alguns casos, essa critica ao próximo é algo mental, ou seja, a pessoa pensa, mas não diz. Esse tipo de comportamento quando exagerado reflete uma certa rigidez no comportamento. Costuma acontecer com pessoas quem tem crenças limitantes sobre vários aspectos da vida. Ser capaz de criticar a si mesmo é ver defeitos e imperfeições que nem sempre são importantes e merecem atenção. É como se a pessoa estivesse olhando com uma lupa para si própria e visse de forma aumentada e exagerada certas características e ações. Com isso, suas respostas em relação a isso também se tornam equivocadas.
É interessante observar que esse tipo de comportamento também pode ser aprendido. Filhos de pais muito críticos podem aprender a arte de se criticar com excelência. E nem sempre vão usar de forma equilibrada e saudável esse tipo de pensamento.
Quanto mais uma pessoa se critica, mais ela tem a tendência a se sentir insegura e insatisfeita consigo própria. E quanto mais insegura esta pessoa for, mais ela se criticará. Ou seja, é um ciclo vicioso.
Como fazer da autocrítica uma ferramenta útil?A autocrítica é útil quando é parte de um planejamento. Estabelecer metas e ser capaz de perceber os resultados que está tendo é muito importante para esse processo. Por exemplo, uma pessoa que quer emagrecer a autocrítica é fundamental para estimular a percepção do que está fazendo certo e errado para obter o resultado desejado. Ser capaz de perceber que está acima do peso é um primeiro passo. Entender o que se faz para estar com alguns quilinhos a mais também é necessário. Com esses dados de criticas e percepção é possível estabelecer metas e ações para correção e acerto das ações. A autocrítica se torna um passo no processo de mudança.
Ser capaz de perceber a si mesmo de forma equilibrada e com coerência é uma arte. Quem a tem e domina o método tem sucesso pessoal. Quem ainda não tem, pode aprender através de muitos caminhos e um deles é a psicoterapia.
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