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Adolescente Rebelde: como lidar?



adolescente violento

Entrevista cedida  para a Revista Ana Maria sobre violência da adolescência




Agressividade nos adolescentes




Hoje temos muita notícia de violência entre os adolescentes. Meninas apanhando de colegas por serem bonitas demais, surras na porta da escola por qualquer motivo bobo... Eles andam mais violentos? por quê?

Há um tempo atrás a formação das crianças era mais rigorosa, tanto em casa como na escola havia valores mais fortes sendo ensinados. Mas passamos por uma fase onde o respeito ao outro pode ter  sido confundido com “fazer papel de bobo”.
Paralelo á isso surgiram algumas teorias que acreditam que não se deveria inibir os instintos da criança e o exagero chegou a ponto de valorizar, em alguns meios, a criança que se impõe acima de qualquer outra pessoa.
A harmonia é o caminho, as crianças não devem ser educadas nem com tanto rigor nem com tanta falta de limites. O equilíbrio sempre pode ser o caminho mais difícil, pois é subjetivo e necessita  muita reflexão, mas não devemos desanimar e tentar sempre achar o ponto certo entre o que devemos incentivar nas crianças e o que devemos inibir.

Agressividade faz parte da adolescência?

A agressividade faz parte do ser humano. Quem tem filho sabe que um bebe grita e esperneia quando quer alguma coisa. Ao longo do processo de educação vamos ensinando as crianças a conseguir o que querem de forma diplomática e elegante.
Alguns chegam a adolescência sem ter absorvido a necessidade, e a beleza, do relacionamento interpessoal harmonioso.
Claro que quando falamos em educação estamos falando da parcela onde o meio influencia o comportamento, mas há sim a parcela onde a personalidade fala alto. As características de personalidade  podem ser  mais ou menos agressivas. Importante notar que estas características não são imutáveis,  podem ser alteradas pelo meio, ou seja pela influencia da educação e convivência com as pessoas por exemplo.

Agressividade é normal?

Agressividade em nível ótimo ajuda a pessoa a não aceitar ser desmerecida ou prejudicada,  todos podemos aprender a usar esta agressividade com comportamentos elegantes e não destrutivos. Por exemplo, caso um adolescente se sinta prejudicado por outro na escola ele pode usar sua indignação para promover grupos de discussão entre os pais e diretores e coordenadores da escola para inibir praticas ilícitas dentro da escola. Claro que este tipo de reação dá muito mais trabalho do que simplesmente dar um soco na cara do colega, mas é o tipo de trabalho que engrandece e vale a pena.

Quando os pais devem agir?

Desde que o filho nasce. Mostrar com seu próprio comportamento, falar com a criança, não esperar que algo aconteça para depois interferir. Mesmo antes de haver qualquer agressão tanto por parte do filho como por parte de outro adolescente que tenha sido agressivo, esta criança deve preparar-se para lidar tanto com suas frustrações como com as frustrações alheias.

Sinais aos quais os pais devem ficar atentos?

Adolescentes mudam de comportamento várias vezes, faz parte do seu desenvolvimento. Reconheço que não é uma tarefe fácil, pois nunca sabemos quando o filho está apenas introspectivo ou quando está com problemas, por isso mesmo os pais devem estar atentos a qualquer mudança, mesmo as positivas, pois é possível que  o filho esteja muito feliz em casa porque conseguiu dar uma surra no colega da escola. Os pais devem tentar saber o que acontece com seus filhos e estabelecer valores.

Evitar que os jovens cheguem ao ponto da agressividade?

É possível ensinar um filho a ler comprando livros ou mandando o filho ir para o quarto ler, mas a “técnica” mais eficiente é deixar seu filho te veja lendo livros. Dei este exemplo por ser mais fácil de visualizar mas vale para qualquer outro comportamento, deixar seu filho ver você mesmo se comportando da forma que quer que ele se comporte é a melhor forma de ensinar. Não adianta pedir para o filho falar baixo se você faz isso gritando.

Papel da escola

Complementar o que iniciou em casa. Não devemos esperar que a escola seja a formadora de caráter mas podemos cobrar que ela mantenha os valores ensinados em casa.

O que fazer se meu filho ou filha sofrer ameaças de violência física por parte de outras pessoas da mesma idade

Proteger esta criança. Em primeiro lugar deve-se tomar ações que impeçam que isso aconteça. Cada caso é um caso  por isso os pais devem a avaliar se o melhor seria mudar de escola, interromper a escola por um tempo, comunicar a quem de direito ou o que for melhor. Em segundo lugar identificar a causa, será que seu filho é o provocador ou a vitima? Deve-se notificar quem mais estiver envolvido como diretor da escola, do clube, ou caso isto estiver a contecendo na rua verificar se há canal de comunicação com os pais destes adolescentes. Caso não haja deve-se ensinar este adolescente a se proteger e não revidar. Talvez o que resolva é o aprendizado sobre como conversar com estes agressores, talvez o que resolva seja aprender a romper o vinculo com estes agressores  de forma a elimina-lo do papel de alvo.

Avisar a polícia ou a direção da escola

Deve avisar a policia nos casos onde a gravidade está de acordo com assuntos policiais e  avisar a direção da escola sempre, mesmo em casos mais leves.

Cyberbullying  e os jovens marcam brigas pelas redes sociais.

A internet é tanto uma benção como um grande problema. Melhorar a comunicação  não significa que  melhorará o conteúdo.
Os pais devem observar de muito perto o que seus filhos  fazem no computador. Isto é algo que dá muito trabalho mas estamos em um tempo onde não dá mais para criar os filhos apenas os observando brincarem no quintal de casa. O pais precisam ser ativos e ter consciência que este trabalho todo faz parte do seu papel.

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia  ou psicoterapia  oferecida por um psicólogo
Marisa de Abreu Alves Psicóloga - CRP 06/29493-5
Créditos:marisapsicologa

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