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Como controlar a raiva (psicóloga Marisa de Abreu)


controle raivaMorrer de raiva

Controle da Raiv
Você já deve ter passado por situações de morrer de raiva .  Tem dias que parece que tudo dá errado, o transito infernal, teu chefe nem deu bola para o trabalho que te custou um dia inteiro, o supermercado não tinha troco e te deu uma balinha. Não dá para segurar. Uma coisa destrutiva vai se formando dentro de você e, você acaba descontando todas as suas frustrações cima do marido, esposa, mãe, enfim, em cima de quem não tem nada a ver com a origem do problema.
Temos que perceber que a raiva por si só não é uma coisa ruim, a raiva é um mecanismo de defesa   e   foi fundamental pra a sobrevivência das espécies.   Um dos mecanismos de auto defesa é a raiva, pois ela de mobiliza contra o ataque alheio.
Tem horas que dá mesmo vontade de gritar   e até de agredir uns e outros. O problema surge   justamente esse   quando essa revolta te faz perder o controle   e agir desproporcionalmente.
Raiva está relacionada à frustração e aparece em 2 tipos de situações:
- Quando você não consegue realizar uma coisa que queria muito   - você se sente frustrado .
- Quando você se sente desprezado,   diminuído e   desvalorizado.
Tem gente que é craque em fazer os outros se sentirem diminuídos, e conseqüentemente morrendo de raiva, por exemplo, o freguês que coloca a loja abaixo,   fala mal de todos os produtos e não compra nada, ou o chefe que parece que faz de conta que você não existe, ou as pessoas de casa que não reconhecem o trabalhão que   você teve.   Tudo isso mata qualquer um de raiva.
Existem duas formas muito negativas de lidar com essa raiva:
- Explodir e perder o controle.   Quem perdeu o controle perde a razão, mesmo que a razão esteja toda com ele   na hora da explosão ela vai para o “ralo”.
- Abaixar a cabeça. Engolir sapo não é saudável. Normalmente a pessoa que engole é aquela que traz dentro de si uma educação onde   deve sempre atender às expectativas dos outros. Quando você tem a crença que as necessidades dos outros são mais importantes que as suas   você desenvolve um ego fraco,   se torna uma pessoa incapaz de responder e de se impor quando precisa.   Saber dizer “Não” é saber cuidar de si mesmo,   é enfrentar o problema. Se não conseguir você ficará vítima e refém da raiva.
Não ter raiva nenhuma é tão perigoso quanto explodir de raiva.   Mas é preciso aprender a externar os sentimentos na hora certa, do jeito certo, na medida certa e com a pessoa certa.
Raiva não expressa da forma correta pode desencadear depressão ou grandes desastres no trabalho, no grupo social ou escolar.
Uma das piores coisas a fazer é disfarçar a raiva . Tem gente que diz   “Eu me controlo”   quando na realidade ele disfarçou, engoliu. Isso é péssimo. Controlar a raiva é aprender a lidar com ela.
Raiva está diretamente ligada ao stress pois passar raiva dia após dia   vai te debilitado e você nem percebe o porque.
Identifique o estresse causando por raiva “engolida”
- Irritação
- Sono perturbado - dormindo demais ou de menos
- Perdeu a capacidade de sentir prazer com a vida
- Está comendo demais ou de menos
- Está tendo problemas de relacionamentos
Se   você respondeu “sim” para a maioria destas cinco pontos   você está estressado.
Para aprender a lidar com a raiva,   sem reprimir,   sem explodir e se prejudicar ainda mais   deve-se ir a fundo e descobrir quais são as crenças que estão por trás dessa raiva.
A psicoterapia te dá meios   de   se desapegar do passado que causa raiva,   ultrapassar a barreira da neurose   e se livrar do fardo de ser uma eterna vitima.
Precisamos nos reconciliar com as coisas que nos fizeram sentir frustrados   ou desvalorizados   para começar a superar estas situações   e ter a coisa que mais interessa: o controle sobre sua própria   vida! Mas entenda que reconciliação não significa esquecer ou fazer de conta que “não foi nada”. Significa continuar a viver de forma leve sem apegos emocionais e comportamentos desgastantes.
A psicoterapia oferece alguns caminhos como a flexibilização de pensamento que lhe dará opções para reagir de formas adequadas, a mudança dos padrões de pensamentos   para que as pequenas coisas do dia a dia sejam vistas apenas como são: pequenas coisas do dia a dia. Você não fará mais um “cavalo de batalha” quando furarem a fila, mas saberá agir com elegância e obter o respeito que merece.
Muitos já devem ter passado por situações de raiva, onde tem dias que parece que tudo dá errado, o transito infernal, teu chefe nem deu bola para o trabalho que te custou um dia inteiro, o supermercado não tinha troco, etc. Em alguns momentos pode ser que não deu para segurar e algo destrutivo foi se formando e a pessoa acaba descontando todas as suas frustrações cima do marido, esposa, mãe, enfim, em cima de alguém que não tinha nada a ver com a origem do problema.
Eu considero que a raiva por si só não seja uma coisa ruim, a raiva pode ser até mesmo um mecanismo de defesa,  e em eras primitivas  foi fundamental para a sobrevivência das espécies.  Ela é um dos mecanismos de auto defesa, pois nos mobiliza contra o ataque alheio.
Pode ser que em alguns momentos dê mesmo vontade de gritar e até de agredir. O problema surge   justamente   quando essa revolta faz perder o controle e agir desproporcionalmente causando prejuízos de alguma ordem.

Raiva x frustração

Percebo que raiva e frustração costumam estar associadas.
Exemplos de situações onde a raiva surge como resposta à frustrações:
- Não consegue realizar uma coisa que queria muito.
- Se sentir desprezado, diminuído e desvalorizado.

Formas negativas de lidar com a raiva:

Por exemplo explodir e perder o controle e magoar alguém. Quem perdeu o controle normalmente perde a razão, mesmo que a razão esteja toda com ele na hora da explosão pode ficar mais difícil se colocar de forma clara. Ou abaixar a cabeça. Engolir sapo pode não ser saudável. É possível que  a pessoa que engole seja aquela que traz dentro de si uma educação onde aprendeu a sempre atender às expectativas dos outros. Quando você tem a crença que as necessidades dos outros são mais importantes que as suas pode se tornar uma pessoa incapaz de responder e  se impor quando precisa.  Saber dizer “Não”  da foma adequada é saber cuidar de si mesmo e enfrentar o problema.
Não ter raiva nenhuma pode ser tão perigoso quanto explodir de raiva. É preciso aprender a externar os sentimentos na hora certa, do jeito certo, na medida certa e com a pessoa certa.
Penso ser uma das piores coisas a fazer seria disfarçar a raiva . Tem gente que diz “Eu me controlo”   quando na realidade ele disfarçou, engoliu. Isso pode ser péssimo. Controlar a raiva é aprender a lidar com ela.
Raiva está diretamente ligada ao stress pois passar raiva dia após dia pode debilitar.
O estresse causando por raiva “engolida” pode causar:
- Irritação
- Sono perturbado - dormindo demais ou de menos
- Perder a capacidade de sentir prazer com a vida
- Comendo demais (ou menos que deveria)
- Problemas de relacionamentos

Formas positivas de lidar com a raiva

Eu vejo  como uma tarefa ingrata a tentativa de evitar a raiva. É um sentimento que faz parte do ser humano. Mas talvez ao tentarmos não reprimir ou explodir mas sim tentarmos entender a função deste sentimento naquele momento onde surgiu, entendermos porque reagimos daquela forma, talvez consigamos material interno para lidar melhor com ela.
Talvez seja importante entender as situações que nos fizeram sentir frustrados  ou desvalorizados para começar a superar estas situações.
Referencias:
Vicente E. Caballo. Tratamento cognitivo comportamental dos transtornos psicológicos da atualidade
*O material deste site é informativo, não substitui a terapia  ou psicoterapia  oferecida por um psicólogo
Marisa de Abreu Alves Psicóloga - CRP 06/29493-5

raiva Entrevista cedida  para o Jornal Agora – São Paulo

Controle da raiva

"Raiva é o mesmo que tomar um copo de veneno e torcer para que o outro morra"

O que é a raiva

Raiva é o sentimento que surge em reação a percepção (verdadeira ou errônea) de ter sido subjugado, agredido, desvalorizado ou inferiorizado por alguém.
A raiva pode ser expressada de forma adequada quando a pessoa procura resolver os conflitos de forma elegante, ou desproporcional quando danifica o ambiente ou agride outra pessoa.

Como o paciente pode identificar que a raiva está acima do nível normal e ele precisa de tratamento

Quando houver prejuízos em qualquer esfera de sua vida, seja ela profissional, pessoal, financeira, etc. Ou seja, quando a pessoa perceber que perdeu amigo, emprego, gastou dinheiro inutilmente como por exemplo por ter de pagar algo que danificou em seus acessos de raiva, ela já tem um bom indicador de que a raiva já passou do limite da autodefesa e merece ser controlada.

O que costuma desencadear o sentimento de raiva

Acontecimentos que toquem pontos sensíveis àquela pessoa em particular. A raiva costuma ser pessoal, tem pessoas que reagem muito mal a alguém que deve dinheiro à ele mas não reage tão negativamente a quem o fecha no transito. Dá raiva quando surge alguma situação que, de alguma forma, pode ser associada a situações passadas nas quais ele se sentiu muito inferiorizado e sem condições de reclamar por seus diretos. Ou seja em algum momento a pessoa já se sentiu desamparada e não quer mais ter este sentimento, e para se preservar desta sensação tão aversiva ele ataca com raiva, muitas vezes desproporcionalmente, a quem possa insinuar que aquela situação passada irá se repetir.

Quais hábitos devem ser adotados para evitar a raiva

Treino mental: Inclui identificar os gatilhos de sua raiva. Identificar a origem desta raiva. Identificar novas formas de perceber a situação, e por fim desenvolver novas atitudes de enfrentamento das adversidades da vida.

O que é ensinado nos cursos para o controle da raiva?

Estes cursos são muito comuns nos EUA, principalmente quando alguém causa danos a outros devido a ataque de raiva a justiça pode obrigar a pessoa a frequentar os cursos. Imagino que de outra forma a pessoa não procuraria tratamento. Mas no Brasil estes cursos não são comuns, também não vejo a justiça interferindo na iniciativa de cada um em procurar tratamento da raiva e nem considerando os comportamentos danosos como causa emocional.
Imagino que os cursos ensinem técnicas para responder as adversidades com outros comportamentos que não sejam agressivos.

É importante tratar a raiva

Uma pessoa pode perder muito com o comportamento exagerado de raiva, pode perder casamento, amigo, emprego, etc. Na verdade ninguém quer conviver ao lado de outro se este se apresentar como uma ameaça constante.

Após o início do tratamento, em quanto tempo o paciente pode notar avanços no comportamento?

É muito individual, cada um tem seu ritmo e material de vida a ser trabalhado.

Qual o papel da família durante o tratamento?

Algumas vezes a família pode ser chamada para participar da terapia, principalmente quando o psicólogo percebe que a própria família também precisa de ajuda ou precisa de orientação para colaborar na terapia deste paciente.
*O material deste site é informativo, não substitui a terapia  ou psicoterapia  oferecida por um psicólogo
Marisa de Abreu Alves Psicóloga - CRP 06/29493-5

raiva Entrevista cedida  para o site do empresário Abílio Diniz, voltado para Qualidade de Vida, Liderança e Empreendedorismo

Como controlar a raiva

1. Qual a melhor atitude a se tomar em momentos de raiva? Isto é, há fórmulas eficazes para contê-la (como contar até dez, respirar fundo)

Psicóloga: A melhor forma de controlar a raiva é não esperar até que algo o tire do sério, ou seja para o momento da raiva, para fazer alguma coisa. Contar até dez, respirar fundo, tudo isso são formas de distração, são tentativas para mudar o foco mas  não funcionam quando a pessoa tem um temperamento mais “esquentadinho” pois ninguém de cabeça quente  lembra de contar nem respirar.
Há formas eficazes de controlar a raiva que implica em treino na mudança de padrão de pensamento, como por exemplo a conscientização de que seja possível que nem sempre o outro está errado ou que dois pontos de vista discordantes podem ser válidos ao mesmo tempo. Ou a conscientização de que por mais que estejamos certos não conseguimos bons resultados quando reagimos de forma explosiva.

2. Quais seriam bons recursos para extravasar a raiva?

Psicóloga: Vamos entender que a raiva é um mecanismo de auto preservação. Ela existe para que possamos nos defender. Por isso o ideal é que a raiva seja “esvaziada” de forma proporcional e adequada no momento e diante do agressor. Como não somos mais seres primitivos, temos que aprender a elegância em confrontar quem nos tira do serio. Esta elegância é conquistada com o treino de assertividade que nos ensina a colocar nossa posição de forma clara, objetiva e, insisto nesta palavra, proporcional.
Quando não for possível aplicar a assertividade a atividade física ajuda muito porque a raiva, e o estresse, nos prepara para literalmente lutar, como não podemos sair no soco com ninguém nosso corpo agradece se usarmos esta energia com esportes e ginasticas.

3.Como a raiva nos afeta psicologica e fisicamente?

Psicóloga: Cada situação de raiva onde não obtemos sucesso em nos colocar e “ganhar” a situação traz frustração. Frustração acumulada gera desamparo (sensação de incapacidade), que gera depressão.
A consequência física é o estresse. Ou seja, a mente deu um comando para o corpo lutar, esta luta não ocorreu e o cortisol acumulou causando alguns danos como queda na resistência e baixa imunidade a doenças.

4. Existe um limite natural para a raiva, ou seja, quais atitudes são consideradas extremadas: quebra de objetos, violência contra si e contra os outros etc?

Psicóloga: Muitas gente considera muito catártico, ou seja dá um alivio danado, sair quebrando tudo. Mas  cada vez que extravasamos a raiva desta forma estamos “ensinando” nosso cérebro que está é a única forma de encarar situações de raiva, e a necessidade de “dar piti” também vai aumentando cada vez mais.
Por isso, o natural seria reagir a algo que você considere que tenha lhe causado danos de forma a não causar mais prejuízos a si mesma e nem causar prejuízos a outros. O ideal é falar e solicitar que a outra pessoa refaça ou conserte seu erro, se não for bem sucedido na conversa é necessário tomar providencias e identificar outros caminhos para que o dano que lhe causou raiva seja reparado.

5. Quando pedir ajuda ao terapeuta?

Psicóloga: Toda vez que sentir que sozinho não está conseguindo administrar a raiva de forma eficaz. O psicologo pode ajudar a identificar a origem da raiva, e ensinar formas eficazes de lidar com ela.
*O material deste site é informativo, não substitui a terapia  ou psicoterapia  oferecida por um psicólogo
Marisa de Abreu Alves Psicóloga - CRP 06/29493-5

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