Uma das formas de evitar o estresse é reduzir o ritmo diário. Conforme a doutora, separar uns minutos e prestar atenção na respiração, no ar que entra e sai dos seus pulmões é uma das opções. “Inspire contando até quatro, expire contando até oito com esse procedimento você relaxa o corpo e a mente, desta forma você busca o seu eixo, diminuindo as preocupações, que acabam parecendo mais leves, já que a energia passa a circular melhor por todo o organismo. Fazer a respiração completa, expandindo o pulmão, com calma e tranquilidade, puxando e soltando a máxima quantidade de ar possível, repetindo no máximo cinco vezes para não ter vertigem, em razão da hiperventilação”, aconselhou Nadir.
Eliminando o estresse
As formas de eliminar os problemas causados pelo estresse estão atreladas a qualidade de vida. Para a doutora, é indicado também um sono de qualidade, buscar momentos de introspecção em lugares silenciosos, exercitar-se, apreciar a natureza e comer de forma saudável.
INFLAMAÇÃO SEM FREIO
Eles propõem um modelo que explicaria o maior risco de doença por meio da diminuição da sensibilidade das células de defesa do corpo aos hormônios que normalmente agem para colocar um freio na resposta inflamatória. Essa diminuição é conhecida pela sigla em inglês GCR.
Os dois experimentos envolveram dois grupos de adultos com, respectivamente, 276 (125 homens, 151 mulheres, idade média de 29 anos) e 82 (39 homens, 43 mulheres, idade média de 37 anos) voluntários em boa saúde. Muitos, porém, tinham passado por "eventos de vida estressantes" ao longo do ano anterior.
"Esse é um critério padronizado que se mostrou capaz de ajudar a prever doenças no passado. Os eventos variam muito, mas podem ser coisas como ter problemas recorrentes com um cônjuge, problemas recorrentes no trabalho, a perda por morte de um amigo próximo ou membro da família, ter sido preso etc.", disse Cohen à Folha.
Os voluntários receberam pelo nariz soluções contendo vírus do resfriado comum (rinovírus) e depois ficaram de quarentena. Eles foram acompanhados durante cinco dias para avaliação do seu estado de saúde e presença de sintomas de resfriado, com lavagens nasais para verificar a presença do vírus.
Os resultados do primeiro estudo indicaram que as células de defesa, do sistema imunológico, eram menos sensíveis aos hormônios que encerram a resposta inflamatória nas pessoas estressadas do que em outros indivíduos igualmente saudáveis, mas que não passaram por estresse no ano anterior.
SENSÍVEL
O segundo estudo foi feito para checar a produção de substâncias capazes de promover a inflamação, as citocinas. E descobriu que, quanto mais a pessoa tinha GCR, ou seja, menor sensibilidade do sistema de defesa, maior foi a produção de citocinas pelo organismo.
Os resultados dos dois estudos, afirmam os autores, indicam como o estresse afeta a regulação da inflamação pelo organismo. "Como a inflamação desempenha um papel importante na iniciação e progressão de uma ampla gama de doenças, esse modelo pode ter amplas implicações para a compreensão do papel do estresse na saúde", concluíram os sete autores do estudo.
Fonte:
RICARDO BONALUME NETO
DE SÃO PAULO
Folha.com
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