Em um mundo de constantes pressões por mais resultados, as tarefas e atividades que a cada dia aumentam mais, mudanças constantes, concorrência mais acirrada fizeram com que a ansiedade, uma alteração emocional e física, responsável pela adaptação do organismo às situações de perigo, se tornasse mais constante e crônica para inúmeras pessoas, o que vem se transformando e aparecendo como um sentimento de apreensão, medo, contínuo estado de alerta e uma excessiva pressa em terminar as coisas que ainda nem começamos.
Assim, ficamos angustiados no domingo já pensando na semana seguinte, não conseguimos dormir bem, não aproveitamos os momentos de descontração e lazer que deveríamos, o tempo vai passando e a corrida para não deixar nada para trás, ou seja, um estado de alarme contínuo e uma tensão constante que leva à ansiedade crônica, ao estresse, ao esgotamento. E com eles aparecem alguns sintomas, tais como: tremores ou sensação de fraqueza, tensão ou dor muscular, inquietação, fadiga fácil, falta de ar ou sensação de fôlego curto, palpitações, sudorese, mãos frias e úmidas, boca seca, tonturas, diarreia, rubor ou calafrios, impaciência, excessiva frustração, dificuldade de concentração ou memória prejudicada, irritabilidade, etc.
Como lidar com essa situação? Como administrar melhor minha vida profissional para que não sofra ou sofra menos com a ansiedade? Como aproveitar melhor meu dia, minha vida e não desperdiçar tanta energia com essa ansiedade excessiva? Veja algumas dicas valiosas abaixo:
Domine o que você faz. A insegurança em relação às próprias habilidades devido à baixa autoestima ou falta de preparo e o medo de não conseguir cumprir as tarefas do cargo são uma das maiores fontes de ansiedade profissional;
Aprenda a dizer não. Pare de se preocupar em querer agradar todo mundo e em se responsabilizar pela felicidade de todos! Este comportamento alimenta a tensão dos ansiosos. Pare um pouco e pense em você!
Administre melhor seu tempo. Concentre-se apenas em uma tarefa de cada vez. Dê prioridades, avalie, pensa e reflita antes de fazer. Só podemos fazer uma ação por vez.
Diferencie problemas reais dos problemas imaginários. A maior parte das nossas angústias, medos e ansiedade são fantasiosos e irreais!
Tente descobrir o prazer pelas coisas do cotidiano como dormir, passear, ouvir música, relaxar, comer, tomar banho. Viva uma coisa de cada vez com qualidade.
Seja menos rígido e/ou perfeccionista com você mesmo! É recomendado ser realista, aceitar os prazos e entregar sempre o melhor que pode no tempo que tem.
É importante refletir na afirmativa: “Não são os resultados que trazem à felicidade” e sim: “A felicidade leva aos resultados!” Coloque em prática, seja disciplinado, se comprometa com você! Tenha determinação, vivencie estas dicas e obterá resultados positivos no seu dia-a-dia e, consequentemente, na sua vida!
Como são 33 milhões de ansiosos no mundo, fica o pretexto para se pensar em uma epidemia, ou para se considerar a ansiedade como um mal contemporâneo. Mas por trás de números, há pessoas ansiosas, e nelas podemos encontrar histórias bastante particulares e sentimentos sobre uma rotina vivida com muita angústia.
Dar voz e espaço para essa angústia já é um bom começo para entender suas origens e, assim, organizar a vida de uma maneira menos sofrida e com mais autonomia.
Pensando nisso, o HuffPost Brasil convidou os leitores a darem depoimentos sobre momentos em que a ansiedade deixou a rotina mais difícil. Em cada relato generosamente compartilhado conosco, há angústias vividas de modo particular, mas que podem gerar uma identificação universal. Colocar-se no lugar do outro ainda é a melhor maneira de lidarmos com o sofrimento de quem está à nossa volta.
Como é viver com ansiedade:
15 relatos dos nossos leitores sobre angústias diárias
A ansiedade na escola ou no trabalho
1.
“A ansiedade faz tudo na minha vida ser a gota d'água, não consigo discernir o que realmente vale minha preocupação. Atrapalha muito meu rendimento no trabalho e minhas relações interpessoais nesse ambiente. Uma crítica, um cochicho no corredor, uma reunião... Tudo isso me faz passar mal, sentir dores horríveis no estômago e vomitar algumas vezes.”
Mariana A.
2.
“Quando estou muito ansiosa, eu tenho crises, minha cabeça começa a doer muito e fico com muita ânsia de vômito. Tenho insônia também. Mas tudo piora quando eu tenho alguma prova ou trabalho para apresentar; não consigo dormir, meu coração acelera muito, fico sem vontade de comer.”
Cleidiane
3.
“As relações de trabalho e acadêmicas são as que mais tiram meu centro, a ponto de perder totalmente a concentração e a calma.”
Mariana
Na vida amorosa
4.
“Já me rendeu muitas brigas em início de namoro, quando se imagina um milhão de coisas que poderiam estar acontecendo, quando na realidade nenhuma faz o menor sentido.”
Jessica
5.
“A ansiedade me atrapalha na minha vida pessoal e amorosa (tem dias que não quero sair de casa porque está forte, tenho crises de pânico e medo de ficar sozinha)... Em consequência disso, não consigo ter relação saudável com as pessoas (muitas vezes acabo sendo grossa porque estou muito perdida e nervosa. Não é porque eu queira; aí se afastam, sendo que só quero um abraço).”
Heldy
6.
“Às vezes, quando gosto da pessoa, fico muito ansiosa em falar com ela, mas eu fico com receio de sufocá-la; aí, não falo todo dia por conta disso.”
Cleidiane
Na hora de dormir
7.
“Quando estou em crise fico nervosa... coração acelera, minha pressão baixa, não me concentro por mais que eu tente... meu coração acelera, gaguejo... ou seja, é o fim, sinto muito peso... tento dormir, mas é como se passasse um caminhão por cima de mim. Muitas vezes nem dormir, eu durmo. Fico acordada até dar a hora de resolver o que tenho para fazer e finalmente relaxar!!!!”
Heldy
8.
“Deitar na cama, apagar a luz e tentar dormir é meu pesadelo diário. Mesmo quando tudo está em dia, minha mente vai trazer à tona alguma preocupação descabida.”
Mariana A.
9.
“Passei boa parte da madrugada tentando resolver um problema e controlando os sintomas de ansiedade para que não se desencadeasse um ataque de pânico. Consegui, estou bem, mas será um dia pouco produtivo, já que estarei cansada (viram só? Ansiosos sempre pensam na frente tentando se precaver sobre tudo. Eu já pensei que hoje passarei o dia cansada e nas consequências disto no meu trabalho).”
Patricia
10.
“Eu não durmo, é horrível a ansiedade.”
Ana Carolina
Nas interações sociais
11.
“Adoro pessoas, mas cada evento social é um sofrimento!!! Converso com as pessoas medindo cada palavra que digo por medo de me arrepender, ser inconveniente... Isso exige um esforço enorme!!! E depois, quando volto para casa, fico repassando todo o evento, todas as conversas que tive, procurando se fiz algo errado e que possa me prejudicar, se falei algo que não devia para alguém que vá utilizar dessa informação e me fazer mal. Considerando que eu trabalho dividindo uma sala com outras 13 pessoas, esse controle ansioso é diário.”
Patricia
12.
“Eu sempre fui muito incompreendida pelos meus amigos e famílias, só minha psicóloga me ‘entende’ (uma das razões pela qual eu comecei uma terapia). A maioria acha que é ‘frescura’, que é drama, encenação da pessoa para ter atenção. E não é. É sufocante. Paralisador. Dói muito. Uma dor física, até. Por eu não ter esse entendimento por parte das pessoas perto de mim, acabei me fechando, e passei a sofrer meus ataques de ansiedade/pânico sozinha, o que é muito pior.”
Jordana
Na organização da rotina
13.
“Como minha cabeça não para, preciso "esvaziá-la" dos pensamentos menos urgentes (comprar presente de aniversário do Fulano, responder o convite do Sicrano, molhar as plantas, arrumar o ar condicionado, ir na farmácia, costurar minha blusa, procurar receita de suco verde, responder e-mails) para focar nas tarefas que precisam ser feitas naquele momento, como trabalhar e prestar atenção na aula.”
Patricia, que resolveu se organizar anotando as tarefas no seu chamado “caderninho do ansioso” – “anotar me ajuda a relaxar porque sei que não vou me esquecer de alguma tarefa”
No dia a dia
14.
“É não suportar a demora de alguém querido por mais de 10 minutos sem imaginar os piores cenários possíveis.”
Jessica
No corpo
15.
“Já me gastou alguns dentes devido ao bruxismo. Já se foram algumas unhas. É difícil conviver com a ansiedade, mas o maior passo que já dei foi o de assumi-la. Saber que ela existe e saber que ela está ali, presente na vida para atormentar os pensamentos de vez em quando, até o dia que conseguir controlar.”
Jessica
A ansiedade na escola ou no trabalho
1.
“A ansiedade faz tudo na minha vida ser a gota d'água, não consigo discernir o que realmente vale minha preocupação. Atrapalha muito meu rendimento no trabalho e minhas relações interpessoais nesse ambiente. Uma crítica, um cochicho no corredor, uma reunião... Tudo isso me faz passar mal, sentir dores horríveis no estômago e vomitar algumas vezes.”
Mariana A.
2.
“Quando estou muito ansiosa, eu tenho crises, minha cabeça começa a doer muito e fico com muita ânsia de vômito. Tenho insônia também. Mas tudo piora quando eu tenho alguma prova ou trabalho para apresentar; não consigo dormir, meu coração acelera muito, fico sem vontade de comer.”
Cleidiane
3.
“As relações de trabalho e acadêmicas são as que mais tiram meu centro, a ponto de perder totalmente a concentração e a calma.”
Mariana
Na vida amorosa
4.
“Já me rendeu muitas brigas em início de namoro, quando se imagina um milhão de coisas que poderiam estar acontecendo, quando na realidade nenhuma faz o menor sentido.”
Jessica
5.
“A ansiedade me atrapalha na minha vida pessoal e amorosa (tem dias que não quero sair de casa porque está forte, tenho crises de pânico e medo de ficar sozinha)... Em consequência disso, não consigo ter relação saudável com as pessoas (muitas vezes acabo sendo grossa porque estou muito perdida e nervosa. Não é porque eu queira; aí se afastam, sendo que só quero um abraço).”
Heldy
6.
“Às vezes, quando gosto da pessoa, fico muito ansiosa em falar com ela, mas eu fico com receio de sufocá-la; aí, não falo todo dia por conta disso.”
Cleidiane
Na hora de dormir
7.
“Quando estou em crise fico nervosa... coração acelera, minha pressão baixa, não me concentro por mais que eu tente... meu coração acelera, gaguejo... ou seja, é o fim, sinto muito peso... tento dormir, mas é como se passasse um caminhão por cima de mim. Muitas vezes nem dormir, eu durmo. Fico acordada até dar a hora de resolver o que tenho para fazer e finalmente relaxar!!!!”
Heldy
8.
“Deitar na cama, apagar a luz e tentar dormir é meu pesadelo diário. Mesmo quando tudo está em dia, minha mente vai trazer à tona alguma preocupação descabida.”
Mariana A.
9.
“Passei boa parte da madrugada tentando resolver um problema e controlando os sintomas de ansiedade para que não se desencadeasse um ataque de pânico. Consegui, estou bem, mas será um dia pouco produtivo, já que estarei cansada (viram só? Ansiosos sempre pensam na frente tentando se precaver sobre tudo. Eu já pensei que hoje passarei o dia cansada e nas consequências disto no meu trabalho).”
Patricia
10.
“Eu não durmo, é horrível a ansiedade.”
Ana Carolina
Nas interações sociais
11.
“Adoro pessoas, mas cada evento social é um sofrimento!!! Converso com as pessoas medindo cada palavra que digo por medo de me arrepender, ser inconveniente... Isso exige um esforço enorme!!! E depois, quando volto para casa, fico repassando todo o evento, todas as conversas que tive, procurando se fiz algo errado e que possa me prejudicar, se falei algo que não devia para alguém que vá utilizar dessa informação e me fazer mal. Considerando que eu trabalho dividindo uma sala com outras 13 pessoas, esse controle ansioso é diário.”
Patricia
12.
“Eu sempre fui muito incompreendida pelos meus amigos e famílias, só minha psicóloga me ‘entende’ (uma das razões pela qual eu comecei uma terapia). A maioria acha que é ‘frescura’, que é drama, encenação da pessoa para ter atenção. E não é. É sufocante. Paralisador. Dói muito. Uma dor física, até. Por eu não ter esse entendimento por parte das pessoas perto de mim, acabei me fechando, e passei a sofrer meus ataques de ansiedade/pânico sozinha, o que é muito pior.”
Jordana
Na organização da rotina
13.
“Como minha cabeça não para, preciso "esvaziá-la" dos pensamentos menos urgentes (comprar presente de aniversário do Fulano, responder o convite do Sicrano, molhar as plantas, arrumar o ar condicionado, ir na farmácia, costurar minha blusa, procurar receita de suco verde, responder e-mails) para focar nas tarefas que precisam ser feitas naquele momento, como trabalhar e prestar atenção na aula.”
Patricia, que resolveu se organizar anotando as tarefas no seu chamado “caderninho do ansioso” – “anotar me ajuda a relaxar porque sei que não vou me esquecer de alguma tarefa”
No dia a dia
14.
“É não suportar a demora de alguém querido por mais de 10 minutos sem imaginar os piores cenários possíveis.”
Jessica
No corpo
15.
“Já me gastou alguns dentes devido ao bruxismo. Já se foram algumas unhas. É difícil conviver com a ansiedade, mas o maior passo que já dei foi o de assumi-la. Saber que ela existe e saber que ela está ali, presente na vida para atormentar os pensamentos de vez em quando, até o dia que conseguir controlar.”
Jessica
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