Como eu havia prometido no post anterior, inicio o post com uma metáfora...
Imagine um pássaro que nasceu em um ninho de pardais, mas sente que suas asas foram feitas para voar mais alto. Os pardais o olham com estranheza, pois ele não se encaixa no padrão deles. Até que um dia, ao olhar para o céu, ele vê águias e percebe que pertence a um outro tipo de voo.
O fato de não pertencer ao grupo original não significa que ele esteja errado, apenas que seu propósito é diferente.
Fica mais fácil explicar com uma metáfora.
A reflexão sobre esse sentimento, portanto, nos leva a um questionamento fundamental:
É muito comum se sentir assimem algum momento da vida, não só no ambiente familiar, como também no trabalho, na igreja, enfim... na sociedade.
Para se ter uma ideia do que é não se encaixar em nenhum lugar, quando eu era moça passei com maestria numa vaga para uma empresa e não me aceitaram nela porque eu tinha deficiência auditiva, mesmo sendo apta para o cargo , disseram que era vaga para os normais.ok...
Então na época, Me candidatei a uma vaga para deficiente auditivo e mesmo com o laudo médico que comprovava que eu me enquadrava na vaga, não me contrataram porque eu ainda ouvia, eles queriam alguém totalmente surdo e que não fizesse leitura labial e nem usasse aparelho auditivo😂😂😂
Me explico:
Eu nasci com os dois tímpanos perfurados e não ouvia quase nada,fui oralizada, aprendi fazer leitura labial com 6 anos de idade, aos 19 anos de idade me batizei na CCB, sonhei que duas mãos me operava, a partir daí passei a ouvir melhor aliado com a leitura labial. Quando chegou a pandemia o uso de máscaras dificultava a compreensão, então usei aparelho auditivo. Atualmente recebi um milagre de Deus, meus ouvidos não vazam mais e a minha audição aumentou. Tenho 85% de audição, ouço normalmente sem aparelho.
O que é realmente pertencimento?
Me arrisco a dizer que ela é a base da estrutura das relações dentro de um ambiente profissional, familiar e na vida social.
Ser parte de algo maior significa perder a individualidade, ou podemos pertencer enquanto permanecemos inteiros e autênticos?
O desafio está em entender que pertencemos não por sermos moldados à imagem dos outros, mas por encontrarmos um lugar onde nossa autenticidade é reconhecida e aceita.
6. Como proceder?
- Autoconhecimento: Entender seus valores e propósito pode ajudar a encontrar ambientes e pessoas que compartilhem sua essência.
- Fortalecimento Espiritual: Confiar que Deus tem um propósito para sua vida pode trazer paz ao coração.
- Conexões Saudáveis: Buscar comunidades onde você se sinta aceito e valorizado.
- Terapia: Um profissional pode ajudar a ressignificar experiências de rejeição e desenvolver maior autoconfiança.
- Autocompaixão: Entender que não pertencer a um grupo específico não significa não ter valor.
7. Conclusão
Na Bíblia, na ciência e na vida, vemos que o ser humano é feito para se conectar. Descobrir onde realmente pertencemos é um processo que exige paciência, fé e ação.
Podemos ser diferentes, andar com os iguais e ainda manter a nossa individualidade.
O que isso quer dizer? Que nossas limitações não nos atrapalha, podemos aprender nos ambientes que somos inseridos e também contribuir desde que haja interação.
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